7 perguntas e resposta sobre composição de renda

Comprar o primeiro imóvel é uma grande conquista e, para muitos brasileiros, isso só se torna possível com a composição de renda. Esse recurso permite unir rendimentos de mais de uma pessoa para aumentar o poder de compra e facilitar a aprovação do financiamento. Mas, apesar de ser uma solução comum e bastante útil, ainda há muitas dúvidas sobre como ela funciona na prática.

A seguir, vamos responder às perguntas mais frequentes sobre composição de renda, esclarecendo desde quem pode participar até como isso afeta o financiamento e a declaração de renda familiar. Se você está planejando conquistar seu próprio cantinho, essa leitura é para você!

1. O que é composição de renda?

A composição de renda é a possibilidade de somar a renda de mais de uma pessoa na hora de solicitar um financiamento imobiliário. Isso ajuda a aumentar o valor aprovado pelo banco e, muitas vezes, viabiliza a compra de um imóvel melhor localizado ou com mais estrutura.

Na prática, se você ganha R$ 3.000 e seu parceiro(a) ganha mais R$ 3.000, juntos podem solicitar o financiamento como se tivessem uma renda de R$ 6.000. O banco considera esse total para avaliar o crédito, sempre respeitando o limite de comprometimento da renda (geralmente 30%).

2. Quem pode compor renda comigo?

Essa é uma das perguntas mais comuns e com razão! Muita gente acha que só é possível compor renda com cônjuges legalmente casados, mas não é bem assim.

A composição de renda pode ser feita com:

• Cônjuges (casados no civil ou união estável);

• Pais e filhos;

• Irmãos;

• Amigos ou outras pessoas, desde que comprovem vínculo (em alguns bancos).

Porém, atenção: cada banco tem suas próprias regras. Algumas instituições exigem grau de parentesco ou moradia conjunta. Outras aceitam composição até com amigos, desde que todos os envolvidos sejam co-responsáveis pelo pagamento do financiamento.

3. Precisa estar casado no papel para compor renda com meu parceiro(a)?

Não necessariamente. Muitos bancos aceitam união estável, mesmo sem registro formal em cartório. Para isso, pode ser necessário apresentar comprovações como:

• Declaração conjunta de imposto de renda;

• Conta bancária ou contrato de aluguel em nome dos dois;

• Filhos em comum ou outros documentos que provem o relacionamento.

O ideal é conversar com o consultor do banco ou da incorporadora para entender quais documentos serão exigidos.

4. Posso compor renda com meus pais?

Sim! Compor renda com os pais é uma prática comum, especialmente entre jovens que estão comprando o primeiro imóvel. Essa é uma forma de conseguir melhores condições de financiamento e, muitas vezes, realizar o sonho da casa própria mais cedo.

Porém, é importante que todos os participantes estejam cientes de que todos são igualmente responsáveis pelo pagamento do financiamento.

5. Como fica a declaração de composição de renda familiar?

A declaração de composição de renda familiar é um documento utilizado principalmente para comprovar que a renda do grupo familiar atende aos requisitos do programa habitacional (como o Minha Casa Minha Vida). Nela, devem constar os dados de todos os membros da família e suas respectivas rendas.

Essa declaração é geralmente exigida nas fases iniciais da aprovação de crédito, e deve ser preenchida com atenção, pois inconsistências podem atrasar ou até inviabilizar o processo.

6. Compor renda aumenta minhas chances de aprovação?

Sim! A grande vantagem da composição de renda é aumentar o poder de compra e as chances de aprovação do financiamento. Com mais renda somada, o valor máximo financiado também cresce, permitindo acesso a imóveis maiores, em melhores localizações ou com mais estrutura.

Além disso, isso também pode significar parcelas mais suaves, já que o valor será dividido por uma base de renda maior.

7. Quem compõe a renda precisa morar no imóvel?

Depende do banco e do tipo de financiamento. No geral:

• Se for Minha Casa Minha Vida, é comum que todos os que compõem a renda precisem residir no imóvel.

• Em financiamentos fora do programa, nem sempre é necessário morar no imóvel, desde que todos assinem o contrato como coparticipantes.
  

Ou seja, se você está comprando um imóvel e vai compor renda com um familiar que não vai morar com você, é importante confirmar essa possibilidade com a instituição financeira.

Dica extra: e se a pessoa que compôs renda quiser sair do contrato?

Essa é uma questão sensível. Em regra, quem compõe renda se torna co-responsável pelo financiamento até o fim do contrato. Para que alguém saia, é preciso fazer um novo processo de análise de crédito, comprovando que o(s) restante(s) dos participantes tem capacidade de assumir o financiamento sozinho(s).

É possível, mas depende de aprovação do banco e da situação financeira dos envolvidos.

Afinal, vale a pena compor renda?

Se você está começando sua vida financeira, quer sair do aluguel, mas ainda não tem uma renda alta, compor pode ser o caminho mais rápido e realista para a conquista do seu imóvel.

Mas é fundamental que:

• Todos os envolvidos estejam cientes das responsabilidades;

• Haja diálogo e planejamento;

• A parceria seja baseada em confiança.

Com isso, a composição de renda deixa de ser apenas uma estratégia financeira e se torna um passo concreto rumo à realização do sonho da casa própria.

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